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MUSEU DO AMANHÃ

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O Museu do Amanhã, inserido na zona portuária do Rio de Janeiro, projetado no ano de 2015, necessitou, segundo a Associação Brasileira de Qualidade Acústica, de projeto acústico que adequasse os seguintes ambientes às necessidades de conforto sonoro: átrio de entrada, áreas de exposições – sendo elas temporárias, no nível térreo e permanentes, no primeiro pavimento – auditório, restaurante, escritórios administrativos e subsolo técnico.
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De acordo com Marcos Holtz, do escritório Harmonia Acústica, a modelagem do projeto em tecnologia BIM (Building Information Modeling) foi fundamental para a compreensão da estrutura – baseada em formas orgânicas – e para a adequação dos ambientes às necessidades acústicas. Além disso, o uso de protótipos na obra foi importante para se alcançar estratégias para o conforto sonoro. O arquiteto ainda ressalta as dificuldades encontradas no auditório, o qual, em função de seu formato elíptico, ocasionava a focalização de sons em determinadas áreas da plateia; com isso, nesse ambiente, estudou-se: níveis de ruído máximos, geometria, inserção do palco e da plateia e adequação do tempo de reverberação.
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Assim, foram realizadas simulações no software EASE, calculando as qualidades acústicas do auditório. Tal medida garantiu um espaço ideal para palestras e conferências, incluindo apresentações com som amplificado, com nível sonoro interno de, no máximo, 40dB.
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Assim, o tratamento acústico desse espaço resumiu-se em: tratamento das paredes com:
  • Material absorvente nas paredes – com controle da reverberação e da focalização de ondas sonoras;
  • Forro em drywall liso, com o intuito de reforçar o som nas porções da plateia com atraso sonoro;
  • Material do estofamento da plateia, garantindo adequação do tempo de reverberação nas áreas mais distantes;
  • Tratamento dos equipamentos de ar condicionado para redução de ruídos.
Teste na área da plateia, identificando níveis sonoros inferiores a 40 dB.
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As fontes de ruídos externas ao Museu foram identificadas a partir de fontes constantes, como a Av. Perimetral, bem como fontes variáveis, como aviões, sinos e sirenes. O mar, presente na paisagem do entorno, também pode gerar ruídos ocasionais. De acordo com cálculos realizados no entorno, o ruído externo atinge uma média de 75 dB.
Fonte: Associação Brasileira de Qualidade Acústica
Elementos causadores de ruídos externos
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Fonte: Associação Brasileira de Qualidade Acústica
Diagrama indicando ruídos provenientes da avenida e de embarcações no mar
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Fonte: Associação Brasileira de Qualidade Acústica
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Estratégias e materiais acústicos empregados:
  • Fechamento externo em chapa metálica espessa – cobertura;
  • Lona acústica tensionada (material fonoabsorvente) – revestimento interno;
  • Baffles (ou seja, painéis acústicos), mobiliário em material absorvente e portas acústicas – setor de museugrafia
  • Sistema antivibratório de controle acústico no subsolo técnico, o qual comporta equipamentos de geração de energia e de ar condicionado. Também foram aplicados revestimento e portas acústicas;
  • Forros fonoabsorventes e divisória acústica nos seguintes espaços: áreas de exposição e observatório. Os forros adequam-se ao tempo de reverberação de 1,2 segundo.
  • Tratamento termoacústico com atenuadores de ruídos e silenciador na sala de gerador. Esses equipamentos ainda utilizam amortecedores helicoidais de viração e atenuador de saída de ar com lona;
  • Tratamento das evaporadoras de acordo com o uso do espaço – ruído máximo de 60 dB para salas técnicas e 35 dB para áreas fechadas com ocupação humana.
Esquema envolvendo os ruídos nas fachadas do Museu do Amanhã
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Normas de desempenho acústico
  • AS 2107:2000 – indicada para projetos de museus, é uma norma australiana que estabelece valores de tempo de reverberação e níveis sonoros adequados;
  • Norma ISO 10140 e ISO 717 – indicação de materiais;
  • ISO 354 e ISO 11654 – norma de desempenho acústico e capacidade de absorção de materiais;
Fonte: Associação Brasileira de Qualidade Acústica
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REFERÊNCIAS:

Complexidade arquitetônica influencia projeto de Acústica do Museu do Amanhã. Associação Brasileira de Qualidade Acústica. ProAcústica. Disponível em:<http://www.proacustica.org.br/publicacoes/cases-sobre-acustica/complexidade-arquitetonica-influencia-projeto-de-acustica-do-museu-do-amanha.html>, acesso em 07 de abril de 2019

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